Anjos quebradores
Palavras-chave:
Poesia, Cultura, MúsicaSinopse
Este livro é uma colcha de retalhos. A música costurando os retalhos da memória. Funcionando como se fosse um leitmotiv – motivo central. Um livro que conta sobre um aprendizado. A música como leitmotiv. Um nome elegante demais. Mas... há um pano de fundo... O Brasil dos anos do ciclo militar. Um Brasil machadiano? Será? Elites... Elites... O nosso Brasil tendo o ano de 1968 como o centro de gravidade. Um tempo no entorno de que tudo girava. O nome anjo quebrador vem de uma metáfora sobre a bela e poética imagem de Harold Bloom sobre o querubim cobridor, um conceito de algo abstrato que ele usa em sua Angústia da influência, que trata de uma teoria da criação poética. Ou, ainda, da influência que um poeta maior exerce sobre um novo poeta ou efebo. Uma influência da qual esse mesmo efebo quer se livrar. Porém, não sem um agon, ou seja, uma luta, um conflito. Donde a sua angústia para, com a sua obra singular e original, afastar o seu antecessor, ou querubim cobridor, do seu caminho para a árvore da vida, aquela cujo fruto lhe dará a imortalidade. Anjo quebrador seria aquele que absolutamente recusa qualquer influência do passado que, para ele, deve ser desconsiderado, quebrado, anulado. O seu querubim cobridor deve ser simplesmente feito em pedaços ou, de preferência, nem existir. Ou seja, a influência deve ser descontinuada. O anjo quebrador seria, numa imagem, um ser a-histórico. Tudo no sentido de se ter um novo padrão estético. O anjo quebrador seria, figuradamente, uma descontinuidade, uma singularidade, como uma espécie de big bang no continuum estético e cultural da sua arte, no caso, a música, ou, mais apropriadamente, a chamada música nova.
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